Quais os cuidados mínimos necessários no uso da Inteligência Artificial (IA) no setor de saúde?
- Mayra Motta Advogados
- 16 de abr.
- 2 min de leitura
A IA Generativa já está sendo amplamente utilizada por estabelecimentos de saúde e profissionais da medicina e a tendência é o avanço em todas as áreas de conhecimento na ciência da saúde.
Sistemas tecnológicos utilizam bancos de dados para que sua programação algorítmica possa atingir os resultados esperados, apresentando como características fundamentais:
(i) necessidade de grandes volumes de dados para seu treinamento;
(ii) capacidade de inferência que permite a geração de novos dados semelhantes
aos dados de treinamento; e
(iii) adoção de um conjunto diversificado de técnicas computacionais, como, por exemplo, as arquiteturas de transformadores para o Processamento de Linguagem Natural (PLN) e algoritmos de Aprendizagem de Máquina (AM), como as redes adversariais generativas para a geração de conteúdos visuais.
No setor da saúde, é imprescindível que toda utilização de bancos de dados de exames, prontuários e demais documentos contendo o histórico de saúde do paciente , sejam devidamente protegidos ( e/ou anonimizados), vez que se tratam de dados sensíveis , considerando não só a confidencialidade na relação médico-paciente , mas também para evitar o uso discriminatório de informações que impliquem em majoração de planos de saúde, diagnósticos errados, ou, ainda, informações que possam causar danos diretos aos pacientes ou colocar em risco sua vida, sua dignidade e personalidade caso sejam expostos ou vazados.
Por isso, antes de adquirir uma ferramenta de IA, os estabelecimentos de saúde e profissionais da medicina deverão atentar-se às boas práticas de compliance e conformidade com as normas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei n.º 13.709/2018), especialmente com relação à ética e os princípios que a privacidade protege.
Os principais pontos de atenção no uso de IA Generativa no setor da saúde são:
A qualidade do conteúdo, as fontes de busca para o treino e os direitos autorais.
O problema do viés discriminatório.
O uso ético e responsável da inovação tecnológica.
O uso em diagnóstico por imagem.
O uso em suporte à decisão clínica.
O uso na robótica cirúrgica.
O Relatório Artificial Intelligence Index 2024 revela que, em 2022 e 2023, o setor privado global investiu mais de 13 bilhões em pesquisa e inovação com IA voltada para a saúde, superando áreas como varejo e finanças. Destacam-se:
Diagnóstico Assistido: a IA auxilia a identificar padrões em exames de imagem e dados clínicos, auxiliando médicos em diagnósticos mais rápidos e precisos.
Sistemas de Suporte à Decisão Clínica: orientação para decisões de tratamento, baseadas em redes neurais e sistemas inteligentes;
Robótica Cirúrgica: robôs assistidos por IA, como o Da Vinci desenvolvido pela Intuitive, ajudam em cirurgias complexas, aumentando a precisão dos procedimentos
Estabelecimentos de saúde e profissionais da medicina devem agir com prudência antes de adquirir sistemas de IA. Recomendamos que sejam avaliados não só os benefícios, mas também os riscos associados ao uso no dia-a-dia do atendimento ao paciente.
Evite riscos. Conheça mais sobre a governança de Inteligência Artificial no setor da saúde e esteja à frente do mercado.
Para dúvidas ou esclarecimentos, entre em contato através do e-mail: juridico@mmcorporatelaw.com.br ou através do site www.mmcorporatelaw.com.br.
Comments